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Boas práticas de modelagem BPMN no Camunda

Atualizado: 7 de jun.

Boas práticas de modelagem com BPMN no Camunda!


Vamos direto ao ponto!!! Sem enrolação!!!


Comece simples: O processo deve ser fácil de entender em 10 segundos

Se quem olha pro diagrama precisa de mais de 10 segundos pra entender o que está acontecendo, tá complexo demais.


O que eu costumo fazer em minhas modelagens (e é o mais recomendado), é sempre iniciar modelando o fluxo do "Caminho feliz". Qual ponto de início? Quando o processo deve finalizar? Para executar tudo com sucesso, por onde devemos passar?


Após modelar todo o caminho feliz, então volto para o início do processo, e começo a rever todo ele, me fazendo algumas perguntas:

  • O que aconteceria se neste cenário tivermos uma falha de API?

  • Qual seria o tratamento neste caso?

  • Precisamos notificar alguem se esta etapa falhar?

  • Se o processo por algum motivo não seguir para o seu final, qual ação a ser tomada? Qual ciclo / tempo de vida ideal para cada instância?

E com essas e outras perguntas, vou modelando os demais caminhos do workflow.


Algumas dicas rápidas que ajudam muito são:

✔️ Quebre processos grandes em subprocessos.

✔️ Use Call Activities quando fizer sentido (permite o reaproveitamento) .

✔️ Divida responsabilidades.



Exemplo: Um processo de “Venda Online” pode virar três subprocessos:

  • Validação de pagamento.

  • Processamento logístico.

  • Emissão de nota fiscal.


Use nomes claros e ações no infinitivo

Se você escreve “Aprovação do gerente” como nome de uma tarefa, quem lê fica na dúvida:


“É pra aprovar? Tá esperando ser aprovado?”.


Prefira nomes como:

  • “Aprovar cadastro”

  • “Validar pagamento”

  • “Enviar e-mail de confirmação”


Isso deixa claro que é uma ação a ser executada, não um estado.

Eventos de erro, timeout e cancelamento... Sempre!


O mundo real não é perfeito. APIs caem, sistemas falham, pessoas demoram.


Sempre modele como seu processo deve reagir a:

  • Uma falha numa API.

  • Um timeout de resposta.

  • Um cancelamento por parte do cliente.


⚠️ Não colocar eventos de erro é abrir mão de resiliência no seu processo.


Decisões? Use tabelas de decisão (DMN) sempre que possível


Se você está enchendo o BPMN de gateways (X), provavelmente deveria estar usando uma tabela de decisão DMN.


✔️ As regras de negócio ficam centralizadas, fáceis de alterar, entender e testar.

✔️ O BPMN fica mais limpo.


💡 Exemplo: Ao invés de 4 gateways para decidir se um cliente tem direito a crédito, crie uma tabela DMN com as regras. Fica mais limpo e mais fácil de alterar quando as regras mudarem.

Mantenha o BPMN focado no fluxo de negócio e não no código


Evite entupir o BPMN com tarefas técnicas desnecessárias. O BPMN deve representar ações de negócio, e não cada detalhe técnico.


✔️ Chamadas técnicas internas (logs, validações pequenas) podem acontecer dentro dos workers, não precisam estar no diagrama.



Erros comuns (e perigosos) na modelagem BPMN


  1. 🔥 Desenhar um processo gigante em uma única pool.

    → Vira um monstro difícil de entender e manter.


  2. ⚠️ Esquecer dos fluxos de exceção.

    → Se uma API cair, o processo trava. Resultado? Pedido perdido, cliente frustrado.


  3. 💀 Nomear tarefas como se fossem documentos ou estados.

    → “Pagamento” não é tarefa. “Processar pagamento” é.


  4. 🤯 Abusar de gateways complexos (condições dentro de condições).

    → Processo fica impossível de entender. DMN resolve isso de forma elegante.


  5. 🕳️ Ignorar tarefas humanas quando deveriam existir.

    → Forçar a automação total quando há necessidade de uma decisão humana cria riscos operacionais.

  6. ❌ Processos com pools e lanes já não são tão bem vistos.

    → Pools e Lanes podem ser uma boa opção para definição de atores no processo, porém na maioria das vezes acaba mais "poluindo" do que ajudando.



Ferramentas para modelar no Camunda 8


✔️ Camunda Modeler (Desktop ou Web) — 100% gratuito.

✔️ Camunda SaaS Platform — Modelagem na própria plataforma em nuvem.

✔️ Exporta diretamente o BPMN e DMN para ser executado no Zeebe.



Resumindo: O BPMN é código visual...


  • Modelagem ruim = Processo ruim.

  • Modelagem boa = Processo claro, escalável e sustentável.


A grande vantagem do Camunda não é só rodar processos. É permitir que o modelo de negócio vire software executável, de forma transparente, legível e confiável.



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