Boas práticas de modelagem BPMN no Camunda
- William Robert Alves
- 5 de jun.
- 3 min de leitura
Atualizado: 7 de jun.

Vamos direto ao ponto!!! Sem enrolação!!!
Comece simples: O processo deve ser fácil de entender em 10 segundos
Se quem olha pro diagrama precisa de mais de 10 segundos pra entender o que está acontecendo, tá complexo demais.
O que eu costumo fazer em minhas modelagens (e é o mais recomendado), é sempre iniciar modelando o fluxo do "Caminho feliz". Qual ponto de início? Quando o processo deve finalizar? Para executar tudo com sucesso, por onde devemos passar?
Após modelar todo o caminho feliz, então volto para o início do processo, e começo a rever todo ele, me fazendo algumas perguntas:
O que aconteceria se neste cenário tivermos uma falha de API?
Qual seria o tratamento neste caso?
Precisamos notificar alguem se esta etapa falhar?
Se o processo por algum motivo não seguir para o seu final, qual ação a ser tomada? Qual ciclo / tempo de vida ideal para cada instância?
E com essas e outras perguntas, vou modelando os demais caminhos do workflow.
Algumas dicas rápidas que ajudam muito são:
✔️ Quebre processos grandes em subprocessos.
✔️ Use Call Activities quando fizer sentido (permite o reaproveitamento) .
✔️ Divida responsabilidades.
Exemplo: Um processo de “Venda Online” pode virar três subprocessos:
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Use nomes claros e ações no infinitivo
Se você escreve “Aprovação do gerente” como nome de uma tarefa, quem lê fica na dúvida:
“É pra aprovar? Tá esperando ser aprovado?”.
Prefira nomes como:
“Aprovar cadastro”
“Validar pagamento”
“Enviar e-mail de confirmação”
Isso deixa claro que é uma ação a ser executada, não um estado.
Eventos de erro, timeout e cancelamento... Sempre!
O mundo real não é perfeito. APIs caem, sistemas falham, pessoas demoram.
Sempre modele como seu processo deve reagir a:
Uma falha numa API.
Um timeout de resposta.
Um cancelamento por parte do cliente.
⚠️ Não colocar eventos de erro é abrir mão de resiliência no seu processo.
Decisões? Use tabelas de decisão (DMN) sempre que possível
Se você está enchendo o BPMN de gateways (X), provavelmente deveria estar usando uma tabela de decisão DMN.
✔️ As regras de negócio ficam centralizadas, fáceis de alterar, entender e testar.
✔️ O BPMN fica mais limpo.
💡 Exemplo: Ao invés de 4 gateways para decidir se um cliente tem direito a crédito, crie uma tabela DMN com as regras. Fica mais limpo e mais fácil de alterar quando as regras mudarem.
Mantenha o BPMN focado no fluxo de negócio e não no código
Evite entupir o BPMN com tarefas técnicas desnecessárias. O BPMN deve representar ações de negócio, e não cada detalhe técnico.
✔️ Chamadas técnicas internas (logs, validações pequenas) podem acontecer dentro dos workers, não precisam estar no diagrama.
Erros comuns (e perigosos) na modelagem BPMN
🔥 Desenhar um processo gigante em uma única pool.
→ Vira um monstro difícil de entender e manter.
⚠️ Esquecer dos fluxos de exceção.
→ Se uma API cair, o processo trava. Resultado? Pedido perdido, cliente frustrado.
💀 Nomear tarefas como se fossem documentos ou estados.
→ “Pagamento” não é tarefa. “Processar pagamento” é.
🤯 Abusar de gateways complexos (condições dentro de condições).
→ Processo fica impossível de entender. DMN resolve isso de forma elegante.
🕳️ Ignorar tarefas humanas quando deveriam existir.
→ Forçar a automação total quando há necessidade de uma decisão humana cria riscos operacionais.
❌ Processos com pools e lanes já não são tão bem vistos.
→ Pools e Lanes podem ser uma boa opção para definição de atores no processo, porém na maioria das vezes acaba mais "poluindo" do que ajudando.
Ferramentas para modelar no Camunda 8
✔️ Camunda Modeler (Desktop ou Web) — 100% gratuito.
✔️ Camunda SaaS Platform — Modelagem na própria plataforma em nuvem.
✔️ Exporta diretamente o BPMN e DMN para ser executado no Zeebe.
Resumindo: O BPMN é código visual...
Modelagem ruim = Processo ruim.
Modelagem boa = Processo claro, escalável e sustentável.
A grande vantagem do Camunda não é só rodar processos. É permitir que o modelo de negócio vire software executável, de forma transparente, legível e confiável.
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